sábado, 27 de agosto de 2011

(Grécia) Solidariedade à Okupa Skaramaga

A 2 de Agosto, membros da Contra Info colocaram um banner escrito em Inglês em solidariedade com a Okupa Skaramaga no pátio da Escola Politécnica de Atenas (Polytechnio), na rua Patission. Também foi distribuído o seguinte texto de contra-informação sobre a incursão policial na Okupa Skaramaga – em Inglês e Francês – durante o encontro de solidariedade na Praça Monastiraki:
ESTADO E PATRÕES ATENTEM BEM: MANTENHAM AS VOSSAS PATAS BEM LONGE DA OKUPA SKARAMAGA

Na manhã de sexta-feira, 29 de Julho de 2011 as forças repressivas e persecutórias do Estado grego efectuaram de novo uma operação de estilo militar em pleno centro da cidade de Atenas.
Assassinos em uniforme – ou seja polícias gregos – invadiram uma okupa anarquista na junção do nº 61 da Rua Patission com a Rua Skaramaga, bloqueando o edifício mais de cinco horas ao apelo de um delegado do proprietário “legítimo”, o Fundo das Pensões dos marinheiros (ΝΑΤ). Os polícias confiscaram todos os computadores e um servidor de internet da Okupa. Para além disso, um dos ocupantes que tinha entrado juntamente, a fim de estar presente durante as investigações, foi preso e mantido sob custódia na esquadra de Omonia. Acusado de três delitos, só foi libertado no sábado seguinte tendo sido marcada para 10 de Agosto a sua data de julgamento.
Esta operação policial não surgiu do nada. Em particular e nesta zona central da cidade as Okupas anarquistas da Villa Amalias e de Skaramanga tinham sido já atacadas pela polícia e pelos fascistas em Maio, no contexto dos violentos ataques contra os e as imigrantes, -realizados no centro de Atenas pelos nazi-fascistas, tendo por pretexto a brutal morte de Kantas Manolis, enquanto que grupos neo-nazis lançavam pogroms- ferindo centenas de imigrantes e apunhalando mortalmente Alim Abdul Manam, do Bangladesh.
A Okupa Skaramaga é um dos projetos anarquistas alargados que emergiu da revolta de Dezembro de 2008. Desde então, ela tem resistido como ponto de encontro dos movimentos sociais radicais assim como uma rampa de lançamento para indivíduos e coletivos que lutam pela emancipação social.
Este ataque aconteceu poucas horas antes da expulsão de ocupação de tendas na Praça Syntagma ao amanhecer de sábado, dia 30 de Julho. A desocupação da Praça Syntagma foi dirigida por Eleni Raikou, o mesmo que ordenou o despejo imediato da Faculdade de Direito de Atenas, onde 300 imigrantes-trabalhadores tinham iniciado uma greve de fome em Janeiro de 2011.
Os atos de repressão da Junta democrática, da semana passada, ocorreram um mês depois do Estado cometer crimes contra milhares de manifestantes, durante a greve geral de 48 horas, de 28 e 29 de Junho. Pelo menos 500 pessoas ficaram feridas e 23 foram detidas na sequência das manifestações contra o novo plano de austeridade e a degradação das suas condições de vida.
Tomamos posição contra, a opressão e o genocídio social orquestrados pelo Estado e pelos patrões, pela resistência, pela solidariedade, pela auto-organização das lutas sociais, sem compromissos.
Ocupantes e companheiros em solidariedade reocuparam o edifício de squat Skaramaga e acções de solidariedade internacionais serão bem-vindas. Qualquer ataque por parte do Estado e/ou pelos neo-nazis contra Okupas como a Skaramaga, é um ataque contra o movimento anarquista internacional e não será tolerado. Nós lhes barraremos o caminho e rispostaremos!
Parem IMEDIATAMENTE todas as perseguições contra as Okupas!
Em solidariedade,
Contra Info, Rede de tradução de Contra-Informação
contrainfo.espiv.net

http://pt.contrainfo.espiv.net/2011/08/12/accao-de-solidariedade-com-a-okupa-skaramaga/

(Chile) Comunicado da Okupa T.I.A.O. invadida pela polícia em Valparaíso

Aos solidários de sempre…
Hoje, 23 de Agosto de 2011, aproximadamente às seis da tarde, policiais anunciaram sua chegada batendo nas portas metálicas da nossa casa okupada há cinco anos, localizada na rua Yungay. Logo que entraram, fizeram “buscas” na casa, invadindo violentamente, quebrando as portas de metal e janelas, chutando e quebrando tudo em seu caminho, incluindo nossos pertences pessoais, enquanto reviravam todo o lugar.
Os companheiros que naquela hora estavam dentro da nossa casa foram algemados e ameaçados com armas de fogo. Os policiais, em seu ato terrorista, enfatizavam a todo momento que procuravam extintores, trazendo à memória de todos as recentes e conhecidas montagens judiciais e políticas contra outros centros sociais ocupados em todo o território controlado pelo Estado do Chile. Paralelamente a isto, no exterior da nossa casa era mobilizado um grande número de forças especiais apoiados por vários canhões de água e lançamentos de produtos químicos diversos, além de várias patrulhas e contingente de trânsito, que isolaram as imediações impossibilitando os indivíduos que em solidariedade vieram deter o despejo iminente.
As forças da ordem fascistas, chamados policiais, incluindo o Gope e o Laboratório de Criminalística, permanecendo por mais de uma hora, sem nenhuma testemunha civil, registrando cada canto deste espaço chamado T.I.A.O. (Taller Independiente de Artes y Oficios - Oficina Independente de Artes e Ofícios), local onde se desenvolvem vários projetos destinados a auto-gestão e autonomia; entendemos o ataque dentro de um contexto repressivo montado pelas cúpulas do poder político e econômico para intimidar tanto os que lutam em Valparaiso, em Santiago, em Wallmapu e em todo o país. Hoje foi conosco, ontem outros companheiros, que será amanhã? Sabemos que para o poder quem se organiza para recuperar a vida que o capitalismo nos rouba é um inimigo, mas não nos assustam, temos muitos anos de batalha, não vamos parar hoje! Amanhã tampouco, é claro.
A dignidade daqueles que foram às ruas nas últimas semanas, dos peñis [Mapuches] que resistem no sul e dos companheiros presos que lutam na prisão nos enche de força, força para eles também, sua luta é a nossa!
Deixando claro que, sabendo que as leis são feitas e desfeitas pelos poderosos à sua conveniência, queremos apontar as irregularidades nas ações das forças terroristas: nenhum promotor esteve presente na invasão; a ordem apresentada tem como domicílio outra direção que não corresponde à nossa casa, por isso nunca tiveram permissão legal para entrar, além de declaram que passaram pela casa sem deixar danos, obviamente não foi assim, roubando e destruindo o material da oficina de serigrafia e outras partes da casa .
Estamos tranqüilos neste momento, mas expectantes, analisando nossos movimentos e os do inimigo, com a convicção rebelde de que estamos no caminho certo, que em 5 anos de okupação, sem esquecer dos problemas e dificuldades, construímos mais coisas belas do que são capazes de fazer todos os parasitas juntos em toda a sua vida. E isso, nossa criatividade, nossa maneira de viver, sem líderes, sem hierarquia, nossos desejos de experimentar a liberdade aqui e agora, foram transformados, com a ajuda da imprensa, em delitos, em crimes. Mas estamos tranqüilos, pois bem sabemos quem são os criminosos.
A noite cai em Valparaíso, e ainda cheira a gás lacrimogêneo nossa casa, mas comemos uma refeição preparada por todos, cheia de amor; nossos corações estão tristes, mas um sorriso surge em nossos rostos, pois aconteça o que acontecer, nossa melhor vingança é ser livre e feliz.
Solidariedade a todas as casas okupadas, aos invadidos, aos investigados, encarcerados e todos os que lutam.
Um agradecimento especial a todos os indivíduos que espontaneamente solidarizaram-se, avante companheiros, isto acaba de começar!

agência de notícias anarquistas-ana

Okupa Timothy Leary - Comunicado

A apenas 90 km de São Paulo está localizada Campinas, cidade conhecida por abrigar umas das maiores universidades do país, a UNICAMP. Por alguns anos (entre 1990 e 2004), também foi o palco de uma famosa okupa anarquista, a Pomba-Negra. Após períodos de perseguição fascista nas ruas (poucos anos depois), crescimento do movimento de direita, amenizou-se e uma nova geração de anti-autoritários começou a crescer.
Neste caldeirão alguns de nós começamos a fazer estudos sobre os escritos libertários do futurista Timothy Leary, sobretudo quanto aos fins libertários e terapêuticos das experiências psicodélicas (um manual baseado no Livro Tibetano dos Mortos). Algo capaz de reconstruir egos, libertar as pessoas de suas prisões diárias e recrutar mais e mais camaradas pela liberdade.
Surgiu a necessidade de um espaço para lidar com essas experiências: Daí vem a okupa Timothy Leary, levando o nome desse cientista que tanto contribuiu para a liberdade. O nome deve servir de referência e ajudar a difundir seus estudos, que além de perseguidos foram esquecidos e deixados à marginalidade no movimento contra-cultural.
Depois que passou a ser planejada, e com referências em outras Okupas (agradecimentos a Lxs Gatxs de Córdoba (Argentina), La Máquina de Santiago (Chile), Boske Ipirapijuka de Porto Alegre (RS) e à Casa Aberta de São Paulo (SP), a maioria agora já desalojados ou em processo de desalojo), passamos a contar com futuras instalações para as mais diversas atividades: estúdio de música, sala de exibição de filmes, oficina de serigrafia, hortas de permacultura e culturas psicotrópicas (legais), à parte das instalações sustentáveis, composteira, banheiro seco, contenedor de água, chuveiro solar, etc.
As experiências psicodélicas acabaram como plano à parte e a casa já se prepara para atividades de exercícios Somaterapeuticos, aulas de capoeira e eventos culturais.
Antes que tudo pudesse ou possa acontecer, tivemos que enfrentar muitas dificuldades, (isso sem jamais perder o entusiasmo). Primeiramente a falta de contingente. Haviam poucos os que realmente queriam se envolver. Foi feita a divulgação, o nascimento de uma nova Zona Autônoma nos moldes de Hakim Bey havia sido anunciada, porém as pessoas, por comodismo, ou saturação de tarefas, não apareciam.
Um dos vizinhos não gostou da idéia de um espaço alternativo ao lado. Chamaram a polícia várias vezes (até que a mesma reclamou com eles sobre), inventaram falsos-compradores da casa, e jamais se abriram ao diálogo. Também muito provavelmente, quebraram um de nossos cadeados no período em que foi trocado pelo antigo, avisando-nos que a imobiliária quem o fez. Neste período em que a casa ficou destrancada, começou a ser utilizada como ponto de uso de drogas pesadas e de prostituição.
Apostamos inicialmente no pluralismo e na experiência como aprendizado, na educação-ação. Muitas pessoas distantes da proposta apareceram. Malabaristas, punks sem definições e estudantes curiosos. Começou-se a misturarem-se os desejos sobre o que fazer da casa e apareceram as duas palavras-chave: Squat Punk & Centro Cultural. Apesar de achar que as duas coisas poderiam coexistir, foi-se percebendo que o que se estava denominado como Squat-Punk não poderia ser duradouro nem construtivo, mas um fim em si mesmo, e as atividades programadas para o espaço estariam comprometidas. A primeira opção foi abortada, pois percebeu-se uma distorção sobre o que significava o punk para aqueles que o estavam reivindicando, mesmo que ainda estejamos aberto a punks (como há anarco-punks moradores) ou qualquer que seja e esteja de bom grado pela proposta libertária da casa. No espaço, foi definido e avisado logo na entrada (baseado nas regras definidas em Christiania): Proibido: drogas pesadas e álcool, gangues, intolerância, roubos, armas, violência.
Assim ficou excluído praticamente todos os problemas que tínhamos até então, formalmente. Antes de perceber o quanto éramos unidos, vários convidados da casa tentaram virar a mesa e usar da casa para fins egoístas. Sem querer unir-se e aprender um modo de vida alternativo, pouco a pouco tivemos que filtrar quem continuaria na casa, saindo primeiro os okupantes dos fundos, usuários de crack, depois malabaristas sem propostas libertárias, que não respeitavam os moradores da casa, e finalmente okupantes que eram intolerantes uns aos outros embasados em preconceitos e de forma agressiva.
Apaziguada, a casa permanece de pé e os okupantes seguem com os projetos propostos. Há moradores e visitantes esporádicos. Estamos unidos e contando com o apoio de todos que quiserem contribuir. Também os que queiram vir e aprender conosco, conhecer o espaço são muito bem-vindos, com base nas regras ditas anteriormente. Dia após dia, o organismo das pessoas envolvidas é que evolui, e faz valer a pena esse processo de surgimento e desaparecimento das zonas autônomas.
Solidariedade à todas as okupas que estão em processo de desalojo em todo o mundo! Nossos sonhos não se desalojam!
Okupa e Resiste!
Okupa Timothy Leary - okupaleary@riseup.net

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

VIVÊNCIA TABOCA

Programação:

Dia 08/09 (quinta) as 18:00 hs - Debate: Pós-identidade Queer, com Lucas Altamar e a realidade das transsexuais em Natal, com Jéssica. Exibição do vídeo: Trans América.
Local: Squat Taboca, Rua: '(in)Voluntários da Pátria', 802, Centro (antiga sede da UMES, próx. a Cosern) - Entrada livre.

Dia 09/09 (sexta) - as 18:00 hs - Debate: Anarquia e Anarquismos, com Rogério Nascimento. Exibição do vídeo: CicloVida.
Local: Squat Taboca, rua (in)voluntários da pátria, 802, Centro (antiga sede da UMES, próx. a Cosern) - Entrada livre.

Dia 10/09 (sábado) - as 19:0 hs - Gig com as bandas:

- NeKoni (PB);
- CUSPE (PB);
- Derribar Tus Muros (PE);
- Angustia No (PB);
- Projjeto Macabro (PE);
- D-zakto (CE);
- Sem Trégua (RN);
- Tapuia No Ganza (RN);

Local: Let's Rock Bar - Rua das Virgens - Ribeira (próx. ao Bar Buraco da Catita);
Entrada: 5,00 conto (beneficente ao CSO Taboca).

terça-feira, 23 de agosto de 2011

OFICINAS DE TUPI-GUARANI

Dando continuidade as atividades no CSO Taboca, estamos oferecendo gratuitamente oficinas da língua Tupi-Guarani, língua original dos povos indígenas que habitavam e habitam aqui há muito tempo, resgatando a memória e a história das formas de vida desses povos livres e selvagens.

A PARTIR DO DIA 05/09, TODAS AS SEGUNDAS, AO MEIO DIA; Com o professor Alcides e o professor Rômulo Angélico.

OKUPAÇÕES E UMA NOVA ORGANIZAÇÃO FAMILIAR

As okupações de imóveis abandonados e transformados em moradias e Centros Sociais Okupados (CSO), é a construção prática de um novo estilo de vida alternativo, que entra em ruptura direta com o Capitalismo e seus fundamentos.
Dentro desta ruptura, por exemplo, está a recusa do mercado de trabalho formal pela cooperação e produção autogeridas, criando suas próprias atividades de subsistência (o que pra mim é bem mais eficaz do que a greve geral, proclamada pelo movimento dos trabalhadores tradicional). Também outro exemplo dessa ruptura está o abandono da noção de lar e da família nuclear tradicionais pela vida comunitária.
Dentro do Capitalismo, a família nuclear tradicional torna-se um pilar para a existência do Estado e do Capital. Primeiro porque o pai torna-se o chefe de família, pois geralmente é ele quem trabalha e sustenta a sua família, e as esposas e filhos lhe devem total obediência. Ensina-se, assim, nas crianças o respeito e a obediência à autoridade (do pai, do professor, do padre, do patrão, do policial, do Estado). Segundo porque o Capital familiar é mantido na forma de herança, mantendo assim a noção de propriedade privada. Também a educação patriarcal desenvolve nas crianças a noção de dominador ou dominado, ou seja, para ser patrão ou empregado.
Os jovens de hoje percebem claramente que para viver uma vida livre e lúdica terão que romper com os mecanismos autoritários de relacionamentos afetivos tradicionais do Sistema Capitalista. Para isso, a alternativa é marginalizar-se e criar novos tipos de vida comunitária em substituição à do lar e à da família nuclear tradicinais.
Na sociedade capitalista, muitas mulheres se submetem ao poder dos homens, pois dependem deles financeiramente para se sustentarem e sustentarem seus filhos. Assim, muitas mulheres têm medo de se separarem de seus maridos, pois se sentiriam desamparadas.
Entre aquelas mulheres corajosas, que não se submetem ao poder de seus maridos e pedem o divórcio, geralmente os filhos ficam com as mães. Essas mulheres têm suas vidas sufocadas pela dupla jornada de trabalho (de dia trabalham fora, de noite trabalham em casa, cuidando do lar e dos filhos), se afastam emocionalmente dos seus filhos, deixando-os nas mãos de parentes ou em creches (sob controle pedagógico do Estado), e elas não têm tempo para si mesmas.
Portanto, as okupações oferecem a vantagem da vida comunitária. Onde todos cuida de todos, os pais e as mães terão mais liberdade para atividades de sobrevivência, portanto, igualdade econômica para ambos os sexos. As mulheres não dependem tanto de seus companheiros, e assim não estão submetidas ao seu poder de macho. As mães podem livremente unir-se ou separar-se de seus companheiros, sem nenhum prejuízo para as crianças, pois a função de todos na comunidade é criar, sustentar e educar todas as crianças, dando liberdade máxima para as mulheres.
Sendo dever da comunidade cuidar das crianças, elas receberiam uma educação diversificada e descentralizada, estando libertas do poder absoluto dos pais. Também como as crianças estariam vivênciando na prática um espírito comunitário e cooperativo, elas rejeitariam a ideologia burguêsa com sua competitividade e egoísmo, e cresceriam aptos para viver em liberdade e igualdade com seus semelhantes.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Luta Indígena contra a Usina de Belo Monte



Dia 19/08, as 14:00 hs,
calçadão da João Pessoa,
Centro - Natal/RN


DIGA "NÃO À BELO MONTE!"

O MUNDO NÃO PODE PERMITIR QUE CRIME DE TAMANHA PROPORÇÃO SEJA COMETIDO!


O XINGU NÃO SERÁ DESTRUÍDO EM BENEFÍCIO DE UM PEQUENO GRUPO EMPRESARIAL CAPITALISTA INTERNACIONAL (ALIADO AO GOVERNO BRASILEIRO), QUE PRETENDE ENRIQUECER ÀS CUSTAS DO SANGUE DE SERES HUMANOS E DA DEVASTAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE NO XINGU IRÁ ALTERAR O CURSO E A TEMPERATURA DO RIO - O QUE FARA COM QUE MILHARES DE PEIXES APODREÇAM; INUNDARÁ SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E CENTENAS DE MILHARES DE HECTARES DE ÁREAS VERDES, COM SUA RESPECTIVA FAUNA E FLORA.
OBRIGARÁ MAIS DE 40.000 ÍNDIOS E CABOCLOS DE DIVERSAS ETNIAS, QUE HÁ SÉCULOS VIVEM NO XINGU E SOBREVIVEM DA CAÇA, DA PESCA E DA COLETA, A ABANDONAREM SEUS LARES TRADICIONAIS (SEM FALAR NOS INDÍGENAS QUE POSSIVELMENTE SERÃO EXTERMINADOS CLANDESTINAMENTE, POR NÃO CONCORDAREM EM ABANDONAR SUAS CASAS).


MAIS DE 35 BILHÕES DE REAIS DOS COFRES PÚBLICOS SERÃO INVESTIDOS NA CONSTRUÇÃO DE UMA USINA QUE SÓ FICARÁ PRONTA EM 2019 E QUE NÃO PRODUZIRÁ SEQUER 10% DA ENERGIA QUE O BRASIL PRECISA. MUITO MAIS ECONÔMICO, PRODUTIVO E ECOLÓGICO SERIA INVESTIR EM ENERGIA EÓLICA - MAS ISSO NÃO INTERESSA AO GOVERNO BRASILEIRO MUITO MENOS AOS MEGA EMPRESÁRIOS.


POR ISSO, NÓS, ÍNDIOS, CABOCLOS, AFRODESCENTES E DEMAIS BRASILEIROS CONSCIENTES, DENUNCIAMOS ESSE CRIME CONTRA OS SERES HUMANOS - ESSA MONSTRUOSA FALTA DE RESPEITO COM OS POVOS TRADICIONAIS E CONTRA O PLANETA EM QUE VIVEMOS - E EXIGIMOS QUE BELO MONTE, JUNTAMENTE COM TODOS OS ARTIFÍCIOS DE DESTRUIÇÃO AMBIENTAL E ETNOCÍDIOS SEJAM BANIDOS DA FACE DA TERRA.


(ORGANIZAÇÃO: GRUPO DE ESTUDOS INDÍGENAS DO IGAPÓ E CENTRO DE ESTUDOS INDÍGENAS DO RIO GRANDE DO NORTE)